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Tragédia em frente ao Arquivo Público do Pará reforça urgência da digitalização histórica

Dois dias antes da reabertura do Museu Nacional, na madrugada do dia 29 de junho de 2025, um incêndio severo atingiu um prédio na esquina da Travessa Campos Sales com a Rua 13 de Maio, no Centro Histórico de Belém — bem em frente ao Arquivo Público do Estado do Pará. Felizmente, não foram registradas vítimas e nem danos ao APEP.


Esse evento traz à tona um alerta urgente: o Arquivo do Pará, repositório de acervos históricos frágeis e preciosos, pode ser o próximo alvo de uma tragédia irreversível. Estamos diante de um marco decisivo: nossa geração pode ser lembrada como a que salvou esse patrimônio cultural — digitalizando, preservando e compartilhando — ou como a que fechou os olhos e viu mais uma parte da nossa memória se perder.

Foto: Ivan Duarte | O Liberal
Foto: Ivan Duarte | O Liberal

Não podemos ignorar o ciclo de destruição

Não se trata de alarmismo: em 5 de fevereiro de 2025, o teto da histórica Igreja de São Francisco de Assis, a famosa "Igreja do Ouro" de Salvador, desabou, matando uma turista paulista de 26 anos e ferindo outras pessoas. O templo já tinha alertas sobre problemas estruturais e, mesmo assim, soube-se que nada foi feito a tempo para evitar o desastre. https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/02/05/desaba-teto-igreja.ghtml


Esses episódios somam-se a um padrão preocupante de negligência com nosso patrimônio — que já custou vidas, destruiu história e deixou famílias de luto.


A digitalização é a nossa missão – e nossa herança

O Projeto Arqvivo Pará propõe uma solução clara e viável:

  1. Digitalização de 400 mil páginas de documentos históricos.

  2. Higienização e estabilização física de 200 mil páginas de documentos do período colonial e mais 200 mil do período da ditadura militar.

  3. Implantação de backup digital seguro e acesso público online, garantindo que qualquer imprevisto (incêndio, infiltração, desastre natural) não apague o valor desses registros.

  4. Criação de produtos culturais e educativos para difusão dos materiais digitalizados.

  5. Treinamento e indexação em massa de manuscritos por meio de inteligência artificial.

Cada arquivo digitalizado é uma peça salva da história, acessível a pesquisadores, alunos e curiosos do mundo inteiro – mesmo se o acervo físico um dia for comprometido.


Dois caminhos — e a decisão é nossa

  • “Salvamos”: Quem hoje assina, apoia e impulsiona a digitalização será lembrado como guardião da memória do Pará e do Brasil — alguém que transformou tragédia em legado.

  • “Negligenciamos”: Quem opta pelo silêncio e pela omissão estará selando o destino de centenas de milhares de registros. Um erro histórico que ecoará por gerações.


Um chamado para a ação imediata

Os riscos são conhecidos — acidentes recentes, riscos estruturais, intempéries climáticas, e agora temos uma oportunidade real: colocar o Arquivo do Pará no século 21 por meio de tecnologia, acesso e preservação com sentido e urgência.


Pedimos sua atenção — e seu apoio. Porque, do contrário, corremos o risco de assistir passivamente mais um capítulo trágico da história brasileira.


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